quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Declaração de apoio do Ministro Patrus Ananias A Gleber Naime

Patrus Ananias sugere renúncia de Fernando Pimentel

Ex-prefeito de BH insiste em fazer do PED prévias para escolher candidato

Dilke Fonseca - Repórter - 26/11/2009

A disputa pela escolha do candidato do PT ao Governo de Minas enfrenta novo round. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, pré-candidato ao Governo de Minas, assumiu, nesta quinta-feira (26), a linha de frente da defesa de que o segundo turno do Processo de Eleição Direta (PED), em Minas, seja transformado em prévias como defendeu, na última quarta-feira (25) ao HOJE EM DIA, o deputado federal Reginaldo Lopes, que disputa a reeleição pelo comando do PT.

“Eu defendo que o PED seja tomado como uma sinalização efetiva e, portanto, suficiente do que é a vontade do partido em relação à pré-candidatura, porque isso nos permitiria ganhar um tempo muito precioso para nós. Se não nós vamos fazer prévia em março ou abril do ano que vem”. Pelo estatuto do PT, a prévia só é realizada após o congresso nacional em fevereiro de 2010.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, rebateu: “Eu não vou cobrar coerência do Fernando Pimentel com o que ele disse antes, porque, se fosse para ser coerente, ele deveria renunciar a candidatura por ter sido derrotado nas eleições em Minas. Eu não vou cobrar que ele seja coerente com o que ele disse antes, até porque eu trabalho com princípios e defendo que nós separemos as duas coisas”.

Pouco antes, Pimentel, ponderou, por outro lado, que, na hipótese de seu candidato a presidente do PT perder as eleições, ele aceita ser convencido, politicamente, a retirar sua candidatura.

“Eu aceito o convencimento político, de que tendo o meu candidato a presidente do partido sido derrotado, eu me dou por satisfeito.Tem que me convencer. O convencimento político não é imposição numérica”.

O ex-prefeito acrescentou que só aceita ser convencido politicamente se Patrus também aceitar. Desta forma, segundo ele, não seria tratado como questão individual, mas o que seria melhor para o partido. “Como ele (Patrus) pensa partidariamente como eu, não vejo dificuldade nenhuma em ter este entendimento com Patrus”, afirmou.



Ministro pede apoio para Gleber Naime



Patrus, por sua vez, foi incisivo na defesa do PED por considerá-lo um instrumento relevante para decidir os caminhos do PT em Minas. Ele ainda manifestou seu apoio à candidatura do secretário de Comunicação do PT, Gleber Naime, a presidente do PT e pediu: “Todas as pessoas que acreditam na nossa candidatura ao Governo de Minas que apoiem a candidatura do Gleber”.

Ele se declarou otimista com a vitória de seu aliado e reiterou que seu grupo tem a maioria hoje no partido com o apoio dos aliados do deputado estadual Pe. João e do deputado federal Gilmar Machado, que, hoje, deve anunciar seu apoio a Gleber.

O ministro disse ainda que é importante discutir um projeto de desenvolvimento para Minas. Ele reconhece avanços no Estado, nos últimos anos, em relação à questão administrativa, mas afirmou que Minas está aquém de si mesma ao citar que existem índices de desenvolvimento humano e social abaixo do crescimento econômico.

A queda de braço entre Pimentel e Patrus ganhou ontem um aspecto, no mínimo, curioso. O deputado federal Virgílio Guimarães, do PT, que apoiou Reginaldo Lopes e, durante o primeiro turno, defendeu a tese de transformar o PED em prévias - e ontem assumiu a coordenação da campanha de Reginaldo no segundo turno - discordou da proposta de Pimentel de transformar o PED em prévias.

Patrus afirmou ontem que no momento certo poderá conversar com Pimentel, mas agora a sua conversa é com as bases do partido. “Eu sempre conversocom Fernando Pimentel. Nós temos um canal aberto. Temos diferenças com relação à compreensão do PT, que se expresssa, inclusive na compreensão da prévia, porque está implícito aí que as bases do partido não devem debater o projeto para Minas. Temos diferenças, mas temos muitas e boas afinidades. Nós vamos conversar no momento adequado. No momento certo eu poderei ter a iniciativa de chamar o ex-prefeito Fernando Pimentel, que foi meu secretário da Fazenda, que reapareceu politicamente pelas nossas mãos, para ter uma conversa sobre nosso futuro e, sobretudo, o futuro do povo de Minas”.
O ministro afirmou que sua candidatura não nasceu de decisão pessoal. “Eu não sou candidato de mim mesmo. Eu recebi muitas manifestações das bases do PT, de outros partidos e de militantes dos movimentos sociais para colocar o meu nome.
 
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