segunda-feira, 25 de maio de 2009

PT e o Plano B

Apesar de todos do governo afirmarem e reafirmarem a ministra Dilma Rousseff como candidata do Partido dos Trabalhadores ao Palácio do Planalto, e que sua saúde, apesar do câncer, está intacta e pronta para a disputa eleitoral, o PT já dá sinais de possuir sim um Plano B.
Nítida expressão desse plano é a propaganda televisiva, onde aparecem nessa ordem, as seguintes personalidades: o ministro da fazenda, Guido Mantega; o ministro de Desenvolvimento Social, Patrus Ananias; e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Muito inteligente, mas, não surpreendente, vindo de um partido que tem o Presidente da República, e assim, não se negligenciaria em não ter um bom estrategista e marqueteiro.
Apresentar Guido Mantega na abertura do programa reafirma a capacidade do PT de gerenciar a economia, alcançando bons resultados e afastando de uma vez por todas a idéia que antecedeu o primeiro mandato de Lula, de que o Partido dos Trabalhadores daria o calote nos fundos financeiros internacionais.
Logo após Mantega, aparece Patrus Ananias, uma cartada certeira, que também tem o seu propósito: aparecer logo depois do conforto de que a economia está fortalecida, ressalta que as Políticas Sociais do Governo Lula, comandadas pelo Ministro, podem coexistir num cenário econômico de responsabilidade, demonstrando que, melhorar a divisão de renda no país e dar atenção aos mais necessitados, não compromete a estabilidade do sistema financeiro, muito pelo contrário, injeta moeda no mercado, revigorando-o. Estar no meio, também significa que as Políticas Sociais é o cerne, o centro das atenções do Governo Petista. Dilma Rousseff aparece em terceiro lugar, e retorna ao final da propaganda, visto que, ainda é o Plano A do Presidente Lula.
Porém não foi desproposital Patrus ser incluído nessa propaganda, vejamos: o Ministro comanda a Pasta (ministério) carro chefe das administrações petista, as Políticas Sociais, é a pasta que chega a mesa do cidadão faminto, que coloca a criança na escola. E que garante segundo eles, um mínimo de dignidade à família. Além disso, Patrus já foi prefeito da cidade de Belo Horizonte, cidade estratégica para anular o poderio do Governador Aécio Neves. No mesmo sentido, Patrus, é entre as possibilidades dos petistas, aquele que já tem uma densidade eleitoral bastante considerável, visto sua votação em Minas, e, a reboque, encarna a figura do militante histórico, capaz de agregar os intelectuais, mas também, aqueles que saem às ruas, inflamados de emoção e com muito orgulho, exibem a estrela petista no lado esquerdo do peito. É importante lembrar que, caso o candidato seja Patrus, o grande imbróglio em Minas fica resolvido, visto que o caminho ficará aberto para Fernando Pimentel se candidatar ao Palácio da Liberdade. Nesse cenário, estariam no mesmo palanque, em Minas Gerais, Patrus e Pimentel, única aliança capaz de fazer frente a força do Governador Aécio Neves.
Portanto, a aparição de Patrus Ananias em Rede Nacional, ao lado do Ministro da Fazenda e da guerreira Dilma Rousseff, o credencia como o Plano “B” dos petistas. Caso a ministra não apresente condições de disputar o pleito em 2010, não tenham dúvidas que Lula lançará seu coordenador do Bolsa Família para a disputa, e a militância petista mineira, tamanha a identificação que tem com Ministro, fará campanha dia e noite, na certeza de que um Verdadeiro Petista dará continuidade ao “Governo do Povo”.

3 comentários:

  1. Texto do Blog:http://conjunturaspoliticas.blogspot.com/

    2010 e o PT, SER OU TER?

    As eleições de 2010 têm deixado muitos dirigentes petistas de cabelo em pé, para aqueles que ainda não o perderam! Diante das dificuldades em relação às alianças com os partidos que hoje compõem a base do Governo Lula, muitos recebem a informação de que é necessário abrir mão dos projetos estaduais em benefício da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
    Um grande equívoco! Se voltarmos a um passado recente, lembraremos de um PT guerreiro, que mesmo sabendo das chances mínimas de vitória, lançava o companheiro Lula para a disputa presidencial, não se aliava a partidos de direita e nem centro-direita, apresentava ao País denúncias contra os figurões da elite econômica, como: Collor, Sarney, Fernando Henrique, entre outros. Era um verdadeiro Partido de Esquerda.
    Mas sua trajetória começou a fazer curvas e em uma dessas, petistas históricos abandonaram o barco alegando que o Partido não mais representava os ideais para os quais fora criado, e assim, foram parar no PSOL.
    Nesse cenário de um partido renovado, adaptado, é que surgem denúncias de corrupção, desvios de dinheiro público, e para não alongar, citamos aqui o Mensalão. Nesse distanciamento dos ideais de origem, concretizam também alianças esdrúxulas com a indicação de Fernando Collor de Melo como membro da base governista para a CPI da Petrobrás, ou também a aliança em Belo Horizonte do, na época, prefeito, Fernando Pimentel (PT), com o governador Aécio Neves (PSDB).
    Por tudo acima citado é um grande equívoco sucumbir os Estados ao projeto Dilma Presidente. Para não citar os 09 Estados que o PT paulista quer entregar de mão beijada para o PMDB, irei citar aqui apenas três: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na Bahia, nada mais natural que o Governador Jaques Wagner tente a reeleição, mas querem sacrificá-lo para agradar o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, do PMDB. Em Minas o absurdo também é grande. Nesse Estado, segundo maior colégio eleitoral do País, querem preterir o ministro de Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, para condecorar Hélio Costa (PMDB). Nesse caso a indignação é maior ainda, visto que Patrus é militante histórico, e sempre foi da corrente que pretende recolocar o PT frente aos seus verdadeiros ideais, longe da elite econômica corrupta e corrompedora. Por isso, o Ministro trava uma luta com o Petista, braço direito do PSDB, Fernando Pimentel. No Rio Grande do Sul também querem minar a candidatura de Tarso Genro para satisfazer, mais uma vez, o PMDB, que nesse Estado quase se afoga em denúncias. (...)
    (continua no proximo comentário"

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  2. (...) continua comentário acima.

    Portanto, o Partido dos Trabalhadores, tem que fazer uma auto avaliação e decidir entre o SER ou o TER? Deve tomar a decisão entre SER um verdadeiro Partido de Esquerda, sem medo de CPI´S, sem alianças sombrias, sem parceiros como Collor, Sarney, Aécio e outros. Ou, desde já, assumir que o importante é TER, ter o poder permanentemente, ter a presidenta da república, mesmo que isso signifique defender as mesmas bandeiras de políticos que um dia, sob a óptica do próprio Partido, eram considerados corruptos.
    Uma sugestão: o PT deveria investir na campanha de governador em todos os Estados Brasileiros, independente de agradar ou não o PMDB. O presidente Lula tem ótima popularidade e existem outras opções de parceiros, como o próprio PSB. Nessa linha, mesmo que perca a Presidência da República, o Partido terá Estados importantes sob o seu comando. O próprio Lula disputou a presidência varias vezes, e foi obter êxito só em 2002. Por que para Dilma tanta pressa?
    Caso contrário, o Partido vai focar a Presidência da República, mas aniquilará várias militâncias estaduais, e se por cargas do destino perder a eleição presidencial, o Partido vai ficar com o quê?
    Uma dúvida: se o PT tivesse chances no Governo de São Paulo haveria toda essa manobra para também entregar o Governo Paulista às mãos do PMDB?
    Acordem petistas de todo o Brasil, exceto os paulistas!
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  3. TEXTO DO BLOG: http://conjunturaspoliticas.blogspot.com/

    2010 caminha para os braços de Dilma


    Uma plástica com novo penteado, logo depois a coragem de enfrentar de peito aberto uma doença temida por toda a população, e, a fixação de sua imagem à do presidente Lula, tudo isso foram fatores preponderantes para confirmação da ministra Dilma Rousseff como uma candidata competitiva do Partido dos Trabalhadores.
    Certamente, o PT está empolgadíssimo com o crescimento da Ministra nas últimas pesquisas eleitorais. Realmente é de se empolgar, visto que, no andar da carruagem, dificilmente Dilma chegará em janeiro de 2010 com menos de 28%, marca suficiente para credenciá-la a uma das prováveis vagas ao 2º turno nas eleições presidenciais. Iniciando com esse índice, e se nenhum fato comprometedor surgir, por exemplo, na CPI da Petrobrás, a Ministra estará na casa dos 35% no início da propaganda eleitoral, e muito perto de liderar as pesquisas à época.
    José Serra já aparece em eventos públicos com um ar de preocupação, desânimo, dando a entender que poderá até abrir mão de sua candidatura em favor do governador mineiro, Aécio Neves, já que sua reeleição em São Paulo é fato consumado caso resolva disputar.
    Certo é que com 38% das intenções de votos e já conhecido de 92% do eleitorado brasileiro, Serra teria a possibilidade de alcançar, no máximo, 42% de intenções, índice insuficiente para o enfrentamento, em um segundo turno, de uma candidata que venceu um câncer e tem como principal cabo eleitoral, o Presidente mais popular desde a redemocratização do nosso País.
    É verdade que poucos acreditavam no potencial de crescimento da Coordenadora do PAC. Mas agora com toda a inserção na mídia, a postura do Presidente Lula de já lançá-la, e a força do Partido dos Trabalhadores, a ministra solidificou sua candidatura, fato ameaçador ao projeto do PSDB/DEM de voltarem aos loivos do Poder.
    Caso a oposição não tenha uma carta debaixo da manga, uma estratégia diferente, ou um novo candidato, será esmagada na próxima eleição presidencial. E o poder, tão pleiteado por esses, PSDB/DEM, escapar-lhe-ão, quem sabe até meados da década de 20, digo 2020.
    O Presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores apostarão todas as suas fichas nessa mulher, que a cada dia vem surpreendendo a nação com sua coragem e determinismo.


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