sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Patrus reafirma unidade no PT e partidos aliados em torno de sua candidatura ao governo de Minas

Em almoço com as bancadas de deputados estaduais do PT, PMDB e PC do B, na Assembleia Legislativa, nesta quarta, 23/9, o pré-candidato ao governo de Minas, Patrus Ananias, em entrevista à imprensa, afirmou que trabalha para unificar o PT e ampliar a interlocução com partidos que formam a base política do governo Lula. “O PMDB participa do governo Lula. Hoje estamos conversando com a bancada do PMDB e nas viagens que temos feito pelo interior mineiro, temos recebido apoio de lideranças regionais, prefeitos, vereadores e jovens do partido.”
Sobre a disputa interna no PT, Patrus disse que não teme o debate ou as prévias. “O PT tem tradição histórica de fazer o debate, a disputa de ideias, de realizar prévias. Existem duas pré-candidaturas. O debate democrático faz parte da vida do PT. Não tememos o debate ou as prévias. Já disputei seis eleições, já tivemos prévias com três candidatos e, ao final, eu saí vitorioso e recebi o apoio dos demais companheiros que a disputaram.” Patrus é o pré-candidato ao governo de Minas apoiado pela Articulação, que apoia Gleber Naime como candidato a presidente do PT/MG.
O pré-candidato ao governo de Minas pelo PT reafirmou o respeito a todos os que concorrem e disse que “trabalho dentro dos limites éticos para vencer as prévias do partido e vencer as eleições. O que está colocado é a minha candidatura, que recebe bons apoios, tem boa energia e está crescendo.”
Fonte: Articulação PT Minas

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lançamento da candidatura Gleber reúne lideranças nacionais

Candidato ao PT Nacional, José Eduardo Dutra, diz que confia na unidade em Minas

O candidato a presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que veio à Belo Horizonte para o lançamento da candidatura de Gleber Naime ao PT de Minas, na última quinta-feira, dia 10, elogiou, em entrevista coletiva, o Processo de Eleições Diretas do PT (PED) e disse que ele contribuirá para emular a militância para as eleições de 2010. “O PT é o único partido que faz processo direto para renovar a direção em todos os níveis. Só o PT tem essa ousadia e dinamismo, debate publicamente suas teses. É um processo que vem para mexer com a militância e prepará-la para o ano que vem.” Para Dutra, a existência de dois pré-candidatos ao governo de Minas mostra que o PT mineiro é um partido privilegiado. “ Acredito que esse processo vai se afunilando e no momento oportuno, objetivamente 31 de julho do ano que vem, teremos construído um cenário com candidatura competitiva, que para mim é a que for escolhida pelos filiados mineiros e unir o partido.”

Na entrevista, o candidato ao PT mineiro, Gleber Naime, foi enfático na defesa da candidatura do ministro Patrus Ananias ao Governo de Minas como a que tem maiores possibilidades de unificar o PT. “ O Patrus simboliza de maneira muito nítida em Minas o sucesso das políticas sociais e do governo Lula”. Gleber entende que o PED é um exercício democrático que contribuirá para “arrumar a casa, fortalecer o diálogo e a construção da candidatura do ministro Patrus com a ampla participação dos petistas”.

À noite, houve o lançamento da candidatura de Gleber Naime, no restaurante Raja Grill, reunindo vereadores, deputados estaduais e federais, lideranças regionais e militantes do partido. Também estavam presentes os ministros Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Luiz Soares Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, e o presidente do PT nacional, Ricardo Berzoini.

Presença de Dona Diva

A notícia me chegou no domingo (06/09/2009). Profunda tristeza ao saber que Dona Diva havia morrido. Eu sempre tive muito orgulho de ser amigo dela. Eu a conheci por intermédio da Vera, minha mulher, que também militou com ela no Movimento de Luta Pró-Creche em Belo Horizonte, um movimento social de grande envergadura, com forte impacto no processo de organização das mulheres na cidade.

Dona Diva, liderança forte do Movimento de Luta Pró-Creche, tem uma das mais belas histórias de vida que já tive oportunidade de acompanhar. Foi uma das mais fiéis traduções do processo de conscientização de estar no mundo. Em sua luta diária, acompanhando o cotidiano de tantas mães pobres, batalhadoras e trabalhadoras, Dona Diva foi tomando consciência de seu papel no mundo. Foi vendo a dimensão política crescer dentro dela e em torno dela. Percebeu a importância de lutar por direitos. Compartilhou sabedorias, ajudou a colocar grupos e ideias em movimento. Sua consciência política foi expandindo de forma consistente, permanente e com uma coerência irretocável.

Depois de passar por experiências tradicionais de política, Dona Diva aproximou-se dos movimentos sociais mais progressistas, filiou-se ao PT. Sua liderança foi crescendo, mas ela nunca utilizou seu prestígio para benefício próprio. Sua liderança sempre foi exercida em nome de um projeto coletivo. E nisso era muito firme. Em toda sua dignidade, com todo afeto e presença amorosa que a caracterizava, Dona Diva foi sempre muito firme nas negociações e nas mobilizações pelos direitos das pessoas.

O patamar de dignidade e de compromisso com pobres fez de dona Diva um exemplo de pessoa humana. Ela sempre me lembrou muito Dazinho, outra presença constante nos modelos de nossas vidas.

Hoje faz sete dias que ela se foi, que convivemos com a saudade de sua voz, de sua conversa firme. Mas ela estará sempre presente. Lembremos hoje e sempre da presença de Dona Diva, reproduzindo e fazendo germinar seu exemplo e sua história.

Os que a conheceram, convido-os a compartilhar da lembrança da querida Dona Diva, deixando nos comentários os testemunhos da convivência da bela história de mulher.

Blog do Patrus

Blog do Patrus

No ar desde o dia 6 de setembro, com lançamento oficial no dia 8, o Blog do Patrus foi festejado por políticos, amigos e admiradores de sua carreira política, em comentários saborosos e estimulantes à sua pré-candidatura ao Governo do Estado.
Traz artigos do ministro desde 2007 e comentários seus sobre a História de Minas. “Patrus, é uma alegria estar aqui com você e com todos. Teu futuro, Patrus, é muito grande. É difícil ter uma carreira com tanta nitidez como a sua”, escreveu o cartunista Ziraldo. Vale a pena conferir e deixar o seu recado:

www.blogdopatrus.com.br

sábado, 5 de setembro de 2009

PATRUS ANANIAS "As políticas sociais não são passageiras "

Ministro do Desenvolvimento Social diz que só o avanço econômico não elimina a pobreza e que não há plano de saída para programas como o Bolsa Família
Por octávio costa e adriana nicacio
EDIÇÃO 500 ESPECIAL IstoÉ Dinheiro
O ministro do Desenvolvimento Social, PATRUS ANANIAS, tem um sonho. Um dia o Brasil alcançará um padrão de vida semelhante ao do Canadá e ao dos países da Escandinávia. Chegará lá graças às políticas públicas de redistribuição de renda e de combate à injustiça social. “Sou um homem de esquerda. Um dia, teremos um país que assegure direito e oportunidades iguais para todos. O Brasil é meu grande tema, a minha paixão.” Para Patrus, os programas do governo Lula em busca de maior justiça social estão no caminho certo: “Estamos em um nível onde jamais estivemos na história do Brasil em termos de políticas sociais, somente o Bolsa Família atende 11 milhões de pessoas.” Sua maior preocupação, hoje, é integrar as diversas políticas sociais, o que o ministro chama de transversalidade dos programas, maximizando os recursos. “União, Estado e municípios têm de agir em conjunto.” Quando ouve falar em “porta de saída” para os programas de inclusão social, o ministro fecha a cara. “Estou em guerra aberta contra essa expressão. Ela dá a impressão de que os pobres são incômodos.” Acompanhe a entrevista de Patrus Ananias à DINHEIRO:

DINHEIRO – Quais são as prioridades da política social para os próximos quatro anos? O que muda nesse segundo mandato do presidente Lula?
PATRUS ANANIAS – Não precisamos ter uma ansiedade por mudanças, porque os avanços e as conquistas são notáveis, são visíveis e estão sendo quantificados com pesquisas e indicadores. Estamos no rumo certo. Estamos consolidando uma rede de proteção e promoção social no Brasil. É uma rede de políticas públicas. Uma linha juridicamente normatizada, dentro das diretrizes do pacto federativo, trabalhando de forma articulada e superando inclusive muitas dificuldades com os Estados, com os municípios. Colocamos a assistência social no campo das políticas públicas, superando definitivamente o clientelismo, o assistencialismo, os critérios subjetivos de quem indica, a distribuição de cestas básicas somente no ano eleitoral e trabalhando dentro de sistema. Estamos consolidando o SUAS (Sistema Único da Assistência Social). No ano passado, tivemos a aprovação da lei orgânica de segurança alimentar e nutricional. Com isso estamos vencendo a luta contra a fome e a desnutrição no Brasil. Os indicadores mostram a redução da fome e da pobreza. O Bolsa Família não é um programa isolado. Ele se insere nesse contexto. E é integrado com o programa de erradicação do trabalho infantil, com os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). E, agora, busca-se uma interação cada vez maior com as políticas de geração de trabalho e renda, capacitação profissional, inclusão social, integrando o programa com os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e com o próprio PAC.
DINHEIRO – Existe a idéia de se produzir um PAC social?
PATRUS – Está em processo. Mas, aí, estamos entrando em outro momento. Atingimos um espaço, eu diria, superior. Atingimos um nível no qual jamais estivemos na história do Brasil em termos de políticas sociais. Acho que é uma conquista. Não só o processo eleitoral demonstrou isso de forma muito ostensiva no final do ano passado como também mostram as pesquisas mais insuspeitas, da FGV, do Ipea, e o PNAD, do IBGE. Há reconhecimento também de organismos internacionais, como o Banco Mundial e entidades ligadas à ONU, mas é claro que nós temos novos desafios. Temos que buscar outro patamar. Nossa convicção é de que nós devemos agora dar um passo à frente no sentido de ampliarmos a transversalidade das políticas sociais.
DINHEIRO – O que é a transversalidade?
PATRUS – Promover uma maior integração das políticas sociais. Cito um exemplo simples. Uma criança na escola não aprende sem saúde. Ela não tem saúde se não tiver assegurado o direito de alimentação, se não tiver moradia, saneamento básico. Temos que integrar essas políticas sociais. Trata-se de criar sinergia, melhorar a gestão, maximizar os recursos. Nós temos hoje um cadastro único que é uma potência, temos mapeado todos os pobres do Brasil. Podemos estabelecer o cadastro único como referência para as políticas sociais.
DINHEIRO – Mas não há um plano decenal em exame?
PATRUS – Estamos construindo. A questão é que nós não encontramos um caminho pronto. Não é da tradição brasileira a implementação de políticas sociais. O Brasil teve um crescimento admirável no século XX, o que é bom para nós, porque aumenta a nossa auto-estima e afeta a capacidade dos nossos empresários e trabalhadores, mas cometemos um erro básico: não distribuímos renda. Não implantamos o que estamos fazendo agora, uma vigorosa rede de proteção e promoção social com base em políticas públicas, com normas jurídicas, regras e transparência. Hoje, a questão dos pobres tornou-se política de Estado.
DINHEIRO – Muita gente diz que o governo deveria se preocupar com a criação de portas de saída. Só assim os atuais beneficiados não ficariam indefinidamente dependentes de programas sociais.
PATRUS – Primeiro, eu estou em guerra aberta com a expressão “porta de saída”. Na minha terra, no interior de Minas, essa é uma expressão usada quando você quer que alguém saia da sua casa. A expressão é a seguinte: “Porta de saída é a serventia da casa.” Então dá a impressão de que os pobres são incômodos. O Brasil nunca teve uma política social de fato. Temos uma dívida social histórica, que começa pelas capitanias hereditárias, passa pelos massacres aos índios e se estendeu à escravidão até o apagar das luzes no século XIX. Depois da Abolição não tomamos nenhuma medida para incluir na cidadania os nossos antepassados escravos, mas é um país que quando se fala em pobre tem uma pressa enorme. Querem resolver o problema em dois anos ou três. Acontece que as políticas sociais são construídas em processo.
Fonte: IstoÉ Dinheiro 25/04/2007
 
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